As
maras têm hábitos diurnos e são excelentes saltadores e corredores,
podendo atingir os 30 km por hora, já que as patas finas e longas se
adaptam perfeitamente à corrida e à fuga. As patas posteriores têm três
dedos com garras grossas e as patas anteriores têm quatro dedos com
garras afiadas. O formato das patas permite-lhes, ainda, ter diferentes
tipos de marcha, como a do coelho, a do canguru ou a dos ratos. As
dimensões do corpo rondam os 69 e os 75 centímetros e a cauda mede cerca
de 5 centímetros de comprimento. A cor branca sob a cauda, que
contrasta com a cor acinzentada da restante pelagem, serve como sinal de
alarme para os restantes elementos do grupo, em caso de fuga. De notar
que as lebres da Patagônia vivem em grupos com cerca de 15 indivíduos,
mas pode acontecer formarem grupos até 40 indivíduos.
A alimentação destes
animais é constituída, essencialmente, por vários tipos de herbáceas,
sendo que raramente bebem água, pois os vegetais que comem lhes fornecem a água de que necessitam. Por causa das plantas duras que mastigam, os molares desgastam-se,
mas rapidamente são compensados, já que são de crescimento contínuo. Ao
contrário do que acontece com muitos roedores, as maras não hibernam,
mesmo que estejam num local onde as temperaturas sejam baixas.
Estes roedores vivem em
tocas que geralmente foram habitadas por outros animais. No entanto, as
tocas também podem ter sido escavadas pelas fêmeas, antes de darem à
luz. Nascem, normalmente, entre duas a três crias, após um período de
gestação que pode durar entre 80 a 90 dias. O período de amamentação é
de dois a três meses, a maturidade sexual é atingida aos oito meses de
idade e é uma espécie monogâmica.
É, ainda, de acrescentar que a mara é uma das
quinze espécies da família Caviidae. Todas as espécies desta família são
roedores sul-americanos, tais como as cobaias, os porquinhos-da-índia e
os mocós.
Nenhum comentário:
Postar um comentário