Os vulgares peixes de aquário, designados por japonês, peixinho dourado, dourado ou peixe-vermelho, ou mesmo Kinguio no Brasil, cujo nome científico é Carassius auratus, pertence à família dos Ciprinídeos (Cyprinidae), a que pertencem as carpas. Foi uma das primeiras espécies de peixes a ser domesticada e é ainda um dos peixes de aquário mais comuns no mundo inteiro. É uma variedade domesticada de uma carpa cinzenta-escura nativa da Ásia oriental. Foi domesticada, pela primeira vez, na China, e foi introduzida na Europa no final do século XVII.
Tem muita variedade de tamanho, forma, configuração de nadadeira e cor
(várias combinações de branco, amarelo, alaranjado, vermelho, marrom, e
preto). Pode crescer até aos 59 cm e um máximo de 3 kg, ainda que tais valores sejam muito raros: a maior parte dos espécimes não atinge metade destas medidas. É ovíparo.
Existe a ideia de que o peixe-vermelho tem uma memória muito curta
podendo só se lembrar do que aconteceu 3 segundos atrás. Esta ideia é
falsa. Existem argumentos que defendem que o peixe-vermelho pode chegar a
reconhecer o seu dono (aquele que lhe dá comida).
Embora seja uma espécie muito popular sua manutenção é menosprezada,
embora necessite de um aquário de volume de 120 litros, no mínimo,
adicionando-se cerca de 30 litros para cada novo kinguio introduzido, as
pessoas ainda insistem em mantê-lo em recipientes de tamanho
inadequado. O que é um erro grave, pois este peixe pode atingir até 20
anos de vida se bem tratado.
Um aquário deve ser especial para manter esta espécie, tendo pH moderadamente alcalino, em torno de 7,2 a 7,6.
O aquário ideal para um kinguio deve possuir filtragem mais eficiente
que o normal, cerca de 10 vezes o volume do aquário por hora, nunca
utilizando o filtro biológico de fundo, que além de ultrapassado não
supre as altas exigências de filtragem desta espécie, que produz muita
sujeira. Preferem-se os modelos de filtragem externos, independentemente
do tipo, seja "hang-on", "canister", "sump", etc, desde que se observe a
eficiência em litros/hora.
A companhia ideal para este peixe é: nenhuma. Por serem muito lentos,
e terem barbatanas delicadas, podem sofrer com o assédio de outros
peixes. Além do mais são dos poucos peixes de água fria disponíveis para
aquarismo, o que não quer dizer que podemos economizar com aquecedor. O
ideal é sempre utilizar um aquecedor com termostato, pois em um aquário
podem ocorrer mudanças muito bruscas de temperatura, que são
prejudiciais a qualquer peixe, mas evitadas pelo sistema de termostato.
Enfeites de aquário grandes não são aconselháveis para aquários com
kinguios, pois eles geralmente se machucam com eles, e devem ter
bastante espaço para poderem nadar. É essencial ter areia (de
preferência grossa) como substrato, pois ele mexem no fundo e podem
engasgar-se com cascalho.
Reprodução
No nosso clima, o período reprodutivo inicia-se nos meses de Março ou Abril, com
a chegada da primavera. Nesta época a diferenciação entre machos e fêmeas é mais
fácil. As fêmeas costumam apresentar o ventre mais volumoso e o macho mostra
pequenos pontos brancos, semelhantes a grãos de areia, principalmente em redor
do opérculo (estrutura que protege as brânquias), e também nas barbatanas
peitorais e na cabeça. Estas saliências são chamadas de "órgãos de pérola" e são
utilizadas pelo macho para estimular a fêmea durante a corte (pois como diz o
ditado : se não estimula, não cúpula) .
Para a reprodução dos Kinguios em aquários, é importante um volume de água de
pelo menos 80 litros, onde serão colocados dois machos e uma fêmea. Para
garantir um maior percentual de ovos fecundados, a altura da coluna de água deve
ser de 25 a 30 cm, com temperatura entre 22 e 24 º C e pH entre 6,8 e 7,5. A
colocação de plantas flutuantes como Aguapé e Alface d'água é fundamental, uma
vez que é nas suas raízes que ficarão os ovos aderidos.
A desova geralmente ocorre no início da manhã. Neste momento os peixes tornam-se
bastante agitados e o macho tenta a todo custo levar a fêmea para a superfície,
próximo às plantas flutuantes. A fêmea começa então a liberar os óvulos, que
ficam aderidos às raízes e folhas das plantas flutuantes, onde os machos se
encarregam de fecundá-los. Este ritual pode durar algumas horas e uma fêmea de
Kinguio pode liberar de 500 a 1000 óvulos por desova.
Uma vez encerrada a desova, os reprodutores devem ser removidos do aquário para
evitar que comam os ovos ou os filhotes. Pode-se também manter os peixes e
remover a vegetação com os ovos para outro aquário, com características de água
idênticas ao aquário onde estavam.
Os ovos fecundados são transparentes e apresentam dois pontinhos pretos,
justamente os olhos dos peixinhos. O tempo entre a desova e a eclosão dos ovos
depende principalmente da temperatura e da qualidade da água, podendo variar de
3 a 10 dias.
Ao nascerem os alevinos ainda possuem reserva de alimento (saco vitelino) que
será consumida nas primeiras 48 horas. Passado este período, os alevinos deverão
ser alimentados com infusórios e também com o alimento microfloculado. Após
cerca de 20 dias, podem também comer Artêmias e Pulgas d'água. Passados mais 30
dias, já podem ser alimentados com outros alimentos em floco . Completados 2
meses de vida, a alimentação deve ser alternada entre os alimentos floculados e
os granulados flutuantes.
Raças
Telescópio Panda |
Ranchu |
Ryukin |
Red Cap |
Bolha |
Telescópio Preto |
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