A Hidropsia não é uma doença, mas um conjunto de
sintomas e sinais que surgem no decorrer de certas doenças. Ocorre
quando há retenção de líquidos na cavidade abdominal, músculos e pele
dos peixes, com consequências para todos os seus órgãos. Quando isto
ocorre, o nivel de proteínas do sangue diminui muito, o sangue se dilui,
fica aquoso. Ocorre insuficência dos rins e do coração do peixe. Ele
não consegue eliminar água de seu organismo. Incha. As escamas, que
estão presas a ele só por uma parte, se levantam, eriçam. Sobrevêm
lesões nas guelras, intestinos, etc. "A degeneração do coração e dos
rins é causada por toxinas que podem ser de origem fermentativa, tumoral
ou parasitária". Muita gente considera a hidropsia como uma doença, por
isto vemos vários autores, cada um apontando uma causa. Mas ela não tem
só uma causa, porque não é uma doença. É uma síndrome.
A causa mais comum apontada é uma bactéria, a Pseudomonas puntacta. É uma causa importante da hidropsia infecciosa. Mas também na tuberculose, na lepidortose, em algumas viroses e até em aquários com excesso de nitratos pode ocorrer a hidropsia. Há casos em que não é possível encontrar um agente causador. Há outras situações que em certos aspectos podem simular a hidropsia: problemas ovarianos em fêmeas e tumores malignos e benignos em certas localizações, a oclusão intestinal, gases, constipação intestinal, etc. Em quase todas as situações a alimentação errada, como dar sempre o mesmo alimento, principalmente não vitaminados, podem causar o aumento do volume do peixe ou mesmo levar a uma situação mais grave, pois com alimentação errada o peixe tem sua imunidade diminuída. Mesmo no caso da infecção por P. puntacta, esta só ocorre se o organismo estiver debilitado pelas condições de vida dele. Em todos os casos de aumento global do volume do peixe, parecendo inchado, ele deve ser imediatamente removido para um aquário hospital.
Prevenção - Quarentena
A prevenção para todas as doenças é a mesma. E para todas elas a prevenção é o mais importante. Devemos sempre pensar na saúde como um equilibrio entre o hospedeiro (peixe), agente agressor (físico, químico, biológico) e o meio (água). O aquário é um sistema fechado, tem poder de autodepuração limitado. À medida que esta capacidade vai se esgotando, as condições da água vão piorando. Numa progressão, digamos, exponencial em relação ao tempo. Até que de repente o sistema entra em colapso. A água é um solvente universal em nosso planeta. Assim, qualquer agente patogênico (que cause doença) se difunde nela com rapidez, e os peixes vivem nesse ambiente em contato direto com esses agentes. Os peixes têm um sistema imunológico que os defende de muitas agressões, mas não de todas, e principalmente não durante todo o tempo. Eles produzem excreções como fezes, urina, amônia, e nadam num meio em que isto tudo está dissolvido. À medida em que o nivel desses poluentes vai crescendo, os problemas vão aumentando. Por isto é tão importante evitar a superpopulação, fazer trocas parciais de água, a boa filtragem, a sifonação do fundo, o controle dos parâmetros fisico-químicos, etc. Pelo mesmo motivo há gente que considera inadequada a formula de 1 cm de peixe para l litro de água, pois 1 cm de um paulistinha não tem o mesmo significado de 1 cm de um acará ou de um kinguio. Melhor seria se o cálculo fosse feito pela relação peso do peixe/litro de água, tipo 1 g de peixe para 3 ou mais litros de água. Os três fatores mais importantes na prevenção de doenças são:
A causa mais comum apontada é uma bactéria, a Pseudomonas puntacta. É uma causa importante da hidropsia infecciosa. Mas também na tuberculose, na lepidortose, em algumas viroses e até em aquários com excesso de nitratos pode ocorrer a hidropsia. Há casos em que não é possível encontrar um agente causador. Há outras situações que em certos aspectos podem simular a hidropsia: problemas ovarianos em fêmeas e tumores malignos e benignos em certas localizações, a oclusão intestinal, gases, constipação intestinal, etc. Em quase todas as situações a alimentação errada, como dar sempre o mesmo alimento, principalmente não vitaminados, podem causar o aumento do volume do peixe ou mesmo levar a uma situação mais grave, pois com alimentação errada o peixe tem sua imunidade diminuída. Mesmo no caso da infecção por P. puntacta, esta só ocorre se o organismo estiver debilitado pelas condições de vida dele. Em todos os casos de aumento global do volume do peixe, parecendo inchado, ele deve ser imediatamente removido para um aquário hospital.
Prevenção - Quarentena
A prevenção para todas as doenças é a mesma. E para todas elas a prevenção é o mais importante. Devemos sempre pensar na saúde como um equilibrio entre o hospedeiro (peixe), agente agressor (físico, químico, biológico) e o meio (água). O aquário é um sistema fechado, tem poder de autodepuração limitado. À medida que esta capacidade vai se esgotando, as condições da água vão piorando. Numa progressão, digamos, exponencial em relação ao tempo. Até que de repente o sistema entra em colapso. A água é um solvente universal em nosso planeta. Assim, qualquer agente patogênico (que cause doença) se difunde nela com rapidez, e os peixes vivem nesse ambiente em contato direto com esses agentes. Os peixes têm um sistema imunológico que os defende de muitas agressões, mas não de todas, e principalmente não durante todo o tempo. Eles produzem excreções como fezes, urina, amônia, e nadam num meio em que isto tudo está dissolvido. À medida em que o nivel desses poluentes vai crescendo, os problemas vão aumentando. Por isto é tão importante evitar a superpopulação, fazer trocas parciais de água, a boa filtragem, a sifonação do fundo, o controle dos parâmetros fisico-químicos, etc. Pelo mesmo motivo há gente que considera inadequada a formula de 1 cm de peixe para l litro de água, pois 1 cm de um paulistinha não tem o mesmo significado de 1 cm de um acará ou de um kinguio. Melhor seria se o cálculo fosse feito pela relação peso do peixe/litro de água, tipo 1 g de peixe para 3 ou mais litros de água. Os três fatores mais importantes na prevenção de doenças são:
- Desinfecção e quarentena para peixes e plantas novas
- Composição da água do aquário
- Alimentação
A Quarentena é essencial pois, por melhor que pareça um peixe
recém-adquirido, não se pode saber se ele é portador de algum agente
patogênico incubado. Há muitas doenças que só se manifestam com o tempo e
o período de 3 ou 4 semanas, em geral, é o suficiente para o
aparecimento delas. Levar um agente patogênico para um sistema fechado é
igual a doença futura, talvez uma epidemia. Por que não prevenir isto? É
muito mais barato e menos estressante para um bom aquarista e
principalmente para seus peixes,prevenir uma epidemia do que combatê-la.
Prevenção - Condições da Água
A temperatura da água deve ser a mais constante possível, e apropriada para as espécies coabitantes, embora qualquer peixe resista às variações naturais, lentas e graduais da temperatura, até um certo limite. A iluminação adequada em aquários plantados é também necessária à "saúde" da água. Várias espécies de peixes necessitam de quantidades diferentes de claridade, pelo que devemos dar condições de eles escolherem, com cavernas, troncos, etc. Aqueles de hábitos mais noturnos não estão bem adaptados a viverem todo o dia sob intensa luminosidade. Dureza e pH devem ser compatíveis com os peixes, daí a necessidade de se estudar as características e necessidades de cada um para saber quais poderão ficar juntos. Por exemplo, neon e molinésia não fazem um bom par no aquário pois se um estiver nas condições de água que lhe são propícias, o outro estará em más condições. Um dos dois ficará doente algum dia. Acará Bandeira gosta de água morna, não deve ficar com Tanictis, por exemplo, de água fria. "Peixes de água mole não se sentem bem na água que estiver boa para peixes de água dura", etc. Peixe em condições inadequadas para as quais sua espécie está adaptada, é peixe que certamente ficará doente, ou no mínimo morrerá mais cedo.
A temperatura da água deve ser a mais constante possível, e apropriada para as espécies coabitantes, embora qualquer peixe resista às variações naturais, lentas e graduais da temperatura, até um certo limite. A iluminação adequada em aquários plantados é também necessária à "saúde" da água. Várias espécies de peixes necessitam de quantidades diferentes de claridade, pelo que devemos dar condições de eles escolherem, com cavernas, troncos, etc. Aqueles de hábitos mais noturnos não estão bem adaptados a viverem todo o dia sob intensa luminosidade. Dureza e pH devem ser compatíveis com os peixes, daí a necessidade de se estudar as características e necessidades de cada um para saber quais poderão ficar juntos. Por exemplo, neon e molinésia não fazem um bom par no aquário pois se um estiver nas condições de água que lhe são propícias, o outro estará em más condições. Um dos dois ficará doente algum dia. Acará Bandeira gosta de água morna, não deve ficar com Tanictis, por exemplo, de água fria. "Peixes de água mole não se sentem bem na água que estiver boa para peixes de água dura", etc. Peixe em condições inadequadas para as quais sua espécie está adaptada, é peixe que certamente ficará doente, ou no mínimo morrerá mais cedo.
Prevenção - Alimentação
A dieta deve ser balanceada, vitaminada e variada. Aí entra um fator muito importante: as vitaminas sofrem intensamente a influência do calor e também da luz e umidade. Por isto, não podemos nos preocupar unicamente com a data de validade de um alimento ou de um medicamento. (Os medicamentos, principalmente;portanto cuidado ao comprar um remédio na farmácia e o balconista lhe disser "pode levar, ainda não venceu". Procure pelo que estiver há menos tempo na prateleira. É mais seguro). O mais importante é a data de fabricação. O prazo de validade teria importância se o medicamento, vitaminas, etc, fosse conservado em temperatura, em geral, de no máximo 30°C. Ocorre que num país como o nosso, onde na maior parte das cidades a temperatura no verão ultrapassa os 40°C à sombra, qualquer vitamina que tenha sido fabricada há pelo menos um verão, está alterada. A não ser que tenha sido armazenada em ambiente com controle de temperatura. Além disso, a ração deve ser variada. Não adianta dar sempre a mesma ração. Por melhor que seja, ela não será completa. O peixe, como nós e as plantas, precisa de "elementos traços", que dificilmente estarão incluídos numa só. Compre sempre ração em recipientes menores, de acordo com a quantidade de peixes. Não tire todo o lacre, só abra um pedaço. Mantenha fechado em lugar seco, arejado e sem incidência de sol. Dê sempre o mínimo de comida necessária de cada vez, aumentando a frequência até a quantidade total para o dia. Não dê quantidade que os peixes não consigam consumir de imediato. Exceto, é claro, alimentos de fundo e nesse caso, nunca dê se ainda houver resíduos do anterior. Sempre que possível, ofereça alimentos vivos, tomando cuidado com cada tipo de alimento pois muitos deles podem trazer bactérias ou outros patógenos. Ironicamente, o maior problema que a boa prevenção produz, é sobre o aquarista. Ele fica com pouca experiência no tratamento de doenças.
A dieta deve ser balanceada, vitaminada e variada. Aí entra um fator muito importante: as vitaminas sofrem intensamente a influência do calor e também da luz e umidade. Por isto, não podemos nos preocupar unicamente com a data de validade de um alimento ou de um medicamento. (Os medicamentos, principalmente;portanto cuidado ao comprar um remédio na farmácia e o balconista lhe disser "pode levar, ainda não venceu". Procure pelo que estiver há menos tempo na prateleira. É mais seguro). O mais importante é a data de fabricação. O prazo de validade teria importância se o medicamento, vitaminas, etc, fosse conservado em temperatura, em geral, de no máximo 30°C. Ocorre que num país como o nosso, onde na maior parte das cidades a temperatura no verão ultrapassa os 40°C à sombra, qualquer vitamina que tenha sido fabricada há pelo menos um verão, está alterada. A não ser que tenha sido armazenada em ambiente com controle de temperatura. Além disso, a ração deve ser variada. Não adianta dar sempre a mesma ração. Por melhor que seja, ela não será completa. O peixe, como nós e as plantas, precisa de "elementos traços", que dificilmente estarão incluídos numa só. Compre sempre ração em recipientes menores, de acordo com a quantidade de peixes. Não tire todo o lacre, só abra um pedaço. Mantenha fechado em lugar seco, arejado e sem incidência de sol. Dê sempre o mínimo de comida necessária de cada vez, aumentando a frequência até a quantidade total para o dia. Não dê quantidade que os peixes não consigam consumir de imediato. Exceto, é claro, alimentos de fundo e nesse caso, nunca dê se ainda houver resíduos do anterior. Sempre que possível, ofereça alimentos vivos, tomando cuidado com cada tipo de alimento pois muitos deles podem trazer bactérias ou outros patógenos. Ironicamente, o maior problema que a boa prevenção produz, é sobre o aquarista. Ele fica com pouca experiência no tratamento de doenças.
Tratamento
O início imediato do tratamento é essencial. Quanto mais cedo se iniciar, melhores as chances de o peixe reagir. À medida que o tempo passa, as condições do peixe pioram, suas defesas diminuem, seus órgãos caminham para o colapso, ficando o tratamento cada vez mais difícil. Durante o tratamento, o peixe deve ser colocado no aquário hospital, tanto para o tratamento em si como para proteção dos outros. A água deve ter os parâmetros adequados para a espécie, evitando-se porém águas muito ácidas para melhor ação dos antibióticos, no caso de usá-los. Eles em geral não funcionam bem em meio ácido. Deve ser oferecida alimentação variada, vitaminada e de preferência com alto teor de vitaminas A e D. A água deve ter boa aeração. Não pode ter filtração, ou pelo menos nenhuma filtração química. A hidropsia, principalmente as infecciosas, tem difícil cura, mas está provado não ser impossível. Como em qualquer doença, quanto antes se iniciar o tratamento, mais possível se faz a cura. Como você vai saber se seu peixe vai se curar? Só tentando. Se você ler que a cura é impossível, não acredite. Tente. Há inúmeros relatos de sucesso. Nenhum sucesso em quem não tentou.
O início imediato do tratamento é essencial. Quanto mais cedo se iniciar, melhores as chances de o peixe reagir. À medida que o tempo passa, as condições do peixe pioram, suas defesas diminuem, seus órgãos caminham para o colapso, ficando o tratamento cada vez mais difícil. Durante o tratamento, o peixe deve ser colocado no aquário hospital, tanto para o tratamento em si como para proteção dos outros. A água deve ter os parâmetros adequados para a espécie, evitando-se porém águas muito ácidas para melhor ação dos antibióticos, no caso de usá-los. Eles em geral não funcionam bem em meio ácido. Deve ser oferecida alimentação variada, vitaminada e de preferência com alto teor de vitaminas A e D. A água deve ter boa aeração. Não pode ter filtração, ou pelo menos nenhuma filtração química. A hidropsia, principalmente as infecciosas, tem difícil cura, mas está provado não ser impossível. Como em qualquer doença, quanto antes se iniciar o tratamento, mais possível se faz a cura. Como você vai saber se seu peixe vai se curar? Só tentando. Se você ler que a cura é impossível, não acredite. Tente. Há inúmeros relatos de sucesso. Nenhum sucesso em quem não tentou.
Contra a inchação do peixe, em si, para ajudá-lo a eliminar água,
pode-se tentar o uso do sal grosso - sem iodo. Evitar seu uso em peixes
tipo cascudos, limpa-vidros, etc. O uso de 1 colher, das de sopa, cheia
de sal para 10 litros de agua é recomendado por alguns autores. Vamos
nos referir ao tratamento da hidropsia por bactérias. O uso de
antibióticos é importante porque, matando os germes, basicamente
causadores da doença ou simples oportunistas (que se aproveitam das
condições debilitadas do peixe), o doente terá melhores condições de se
recuperar. Vários antibióticos são usados. Há aquaristas que relatam
bons resultados com o uso de Aureomicina (clorotetraciclina) na
dose de 250 mg para cada 20 L de água durante 3 dias, renovando-se a
solução após este prazo, até o restabelecimento do peixe. A Terramicina
(oxitetraciclina) também é usada na dose de 50 mg por litro de água em
banhos de 24 a 72 horas, renovando-se a solução se estiver dando
resultado. A Cloromicetina (cloranfenicol) também é usada na
mesma dosagem e tempo que a Terramicina. Há autores que referem bons
resultados mesmo com o uso de 5 a 10 mg por litro de água.
Hoje usamos antibióticos mais potentes para o combate à Pseudomonas em
humanos. Na verdade não são mais potentes, mas sim diferentes, pois a bactéria adquire resistência facilmente. Nas que atacam no
aquário,porém, não é de se esperar que esta resistência tenha ocorrido
com frequência pois aí o uso de antibióticos não é abusivo como nos
humanos. Um desses é o Ciprofloxacino. Não sei da experiência em peixes,
mas correlacionando ao uso da Aureomicina, seria possível usar 500 mg
para 40 L de água, também até a cura, com troca da solução em 2 ou 3
dias. Não conheço muitos estudos sobre a toxicidade dos antibióticos
sobre os peixes - só sobre bactérias e sobre humanos - mas autores que
fazem referências a bons resultados com o uso da Aureomicina, dizem que
após a cura, os peixes procriaram.
- Peixes com Hidropsia
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