domingo, 26 de maio de 2013

Quagga


O quagga é um mamífero equídeo extinto,relacionado a zebra-da-planície.Viviam em grandes quantidades no passado,os quaggas eram encontrados na Africa do Sul na região do cabo e de Orange. Diferente das zebras esse magníficos animais só eram listrados até a metade do corpo já a outra metade era castanho liso.A extinção da quagga deveu-se a caça massiva pelos colonos,que procuravam sua carne e su pele.O fato das quaggas se alimentarem nos pastos que serviriam de alimento para o gado também influenciou na sua extinção.O ultimo animais a ser caçado foi no ano de 1878 e o ultimo exemplar morreu no jardim de Amsterdã.
 Inicialmente,o quagga numa especie separada da zebra da planície. Estudos genéticos revelaram no entanto que estes animais são na verdade sub-especies,reclassificadas na especie planície,que tinha prioridade de acordo com a nomenclatura cientifica.O projeto quagga graças a diversidade genética das zebra-da-planície e a sua proximidade ao quagga,conseguiu reconstruir uma animal bastante semelhante ao quagga, através de cruzamentos selecionados.

Resultado dos cruzamentos :



quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Dionaea

Dionaea MuscipulaEstas plantas possuem uma das poucas armadilhas de mandíbulas existentes, formada por folhas que se dividem em duas partes e se “engancham na extremidade” O interior, normalmente de cor vermelha, atrai visualmente os insetos, enquanto que a parte exterior está repleta de glândulas nectaríferas que se aproveitam da predileção dos insetos pelas secessões doces. As armadilhas são rodeadas por “espinhas” compridas e delgadas: são estas que caçam a presa, enquanto que os lóbulos laterais se unem lentamente. O fecho das mandíbulas é provocado pelo próprio inseto, que ao tentar escapar, basta encostar em um dos seis pelos sensíveis situados em ambos os lados das folhas-armadilha. O tempo que demora a fechar as mandíbulas é aproximadamente a trigésima parte de um segundo, é tão rápido que quase não conseguimos acompanhar a olho nu. A cor da planta pode variar entre verde e vermelho, se estiver verde é só deixa-la tomar sol o dia todo, assim ela ficará vermelha e forte.
 A planta demora até 10 dias para digerir sua presa, depois ela se abre  mostrando os restos mortais da presa. Cada armadilha pode digerir por volta de 3 insetos, depois a armadilha escurece e morre dando lugar a uma nova armadilha.

 
Descrição: A Dionaea, ou caça moscas, é uma das plantas carnívoras mais conhecidas. Em estado natural vive quase 20 anos. As suas folhas estão dispostas em forma circular, em torno de um núcleo central que produz continuamente folhas novas. A planta adulta mede entre 10 a 14 cm. Durante o mês de Junho, surge no centro da planta uma saliência com cerca de 20-30 cm de altura e coberta de flores brancas no cimo.

Distribuição geográfica: Cresce na América, Carolina do Norte e Carolina do Sul.

Luz e temperatura: No verão, tolera a temperatura ambiente. No Inverno, por outro para evitar as geadas, lado é preferível colocar a planta dentro de casa, com uma temperatura que oscile entre os 4 e os 10ºc.

Rega: Convém manter sempre a terra bastante úmida. A água deverá ser sem cloro (para tirar o cloro da água basta deixar a água em descanso por 48 horas), poderá ser usada água mineral ou da chuva. Cuidado ao regar, a água pode fazer uma armadilha se fechar!

Mastim tibetano





 O mastim tibetano, inicialmente conhecido como mastiff tibetano, é a raça que deu origem a todos os mastiff. Declarada extinta, foi recriada no fim da década de 1800, pelos britânicos. Remotamente utilizada como raça protetora de lares e rebanhos, o que difundiu esta raça gigante pela Ásia e pelo continente europeu, passou a figurar em exposições de beleza pela Europa e América do Norte. Após mais de um século de cruzamentos seletivos, tornou-se um bom cão de companhia, embora em países de temperaturas mais baixas, devido a sua grossa pelagem.

Obs:um mastim tibetano vermelho foi comprado por nada mais nada menos que 1 milhão de libras!!!





                                Fotos 

Mastim tibetano preto e laranja

Mastim tibetano marrom


          

Ferret






Os ferrets ou se preferir furões são animais extremamente dócil,porem são bastante energéticos,curiosos e caóticos.Eles são mamíferos carnívoros da família do mustelídeos .
O macho pesa em media de 1k a 2k, já a fêmea pesa em media 600g a 950g. A gestação dura em media 38 a 47 dias, sua ninhada é de 5 a 8 filhotes. Os furões vivem cerca de 7 a 9 anos, existem varias cores de furão, duas delas são bem conhecidas o branco e o preto e branco. Os furões devem ser alimentados com a ração apropriada para furões, devem comer também carne bovina e carne de frango, pois precisam de gordura na sua dieta.

                                                     Fotos          

Furão Brasileiro

 

                                               

Furões nadando
Filhote de furao branco dormindo
Filhote de furão branco



Filhote de furão preto e branco




terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Molinésia

A molinésia é um dos peixes mais comum em aquário por ser um peixe pacifico,mais não ponha mais de um macho em um aquário pois ele sim se torna agressivo quando vê um rival.A molinésia é um peixe de água salobra com isso a mesma pode viver tanto num ambiente com água doce ou água salgada ou até mesmo a água salobra.A diferenciação do macho e da fêmea é perceptível começando pela dorsal a parte de cima do peixe,a do macho é maior já a da fêmea bem menor,outra coisa também é o tamanho do corpo do peixe o corpo da fêmea tende a ser maior do que o do macho mais a casos que vem a ocorrer o inverso,também é possível notar nas nadadeiras inferiores,que a do macho é fechada já a da fêmea é aberta. A reprodução da molinésia é bastante fácil de se ter em aquário,além de ser um peixe vivíparo sua gestação dura em media 40 dias apos a fecundação,lembrando que quando os alevinos(filhotes de peixe) nascerem é preciso trocar a água constantemente pois um alevinos maiores liberam um hormônio que atrofia(continuar pequeno ou diminuir) os menores.Existem vários tipos de molinésias.
Ex:
Molinésia Negra Baloon
 
Molinésia Dálmata Fêmea







Molinésia Prata
Molinésia Espada Laranja


Molinésia Dálmata Macho

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Pangasius


Onívoro. Alimenta-se basicamente de peixes, crustáceos e restos vegetais. Em cativeiro aceitam todo tipo de alimento, desde alimentos secos (grânulos) a alimentos vivos.
 Bastante apreciado na aquicultura asiática, é uma espécie migratória movendo-se principalmente pelo montante do Mekong, migrando rios acima entre Outubro a Fevereiro, com pico em Novembro e Dezembro. Esta migração é provocada por vazante em épocas de cheias. Comum na parte inferior do Mekong, onde juvenis são criados em gaiolas flutuantes.
Classificado anteriormente como Pangasius sutchi, esta espécie é o mais comum dos Pangasius encontrado em lojas de aquário e em sua maioria é encontrado espécimes juvenis que apresentam coloração azul prateado. Há ainda variedades obtidas através de cruzamentos em cativeiro como o albino e uma variedade grosseiramente desfigurada chamado de “shortbody” com forma de balão. Raramente atingem seu tamanho máximo em cativeiro e podem viver por 20 anos ou mais quando bem cuidado.
O aquário para abrigar esta espécie deverá ser grande o suficiente e livre de decorações excessivas, uma vez que é um excelente nadador. Iluminação deverá ser fraca. É necessário manter a água com alto nível de oxigênio e um certo fluxo, simulando os grandes rios e deve-se investir bastante principalmente na filtragem biológica. Os vidros do aquário deverão ter no mínimo 10mm, pois podem se romper facilmente se um espécime adulto bater fortemente contra, além de pesadas tampas para evitar que pulem fora do aquário.
Sua reprodução em cativeiro ocorre comente através de grandes tanques de piscicultura ou hormônios. O dimorfismo sexual não é evidente.

Corydora




Esta espécie de peixe é extremamente sociável, pacata e habita o fundo do aquário. Possui a boca voltada para baixo o que facilita a sua principal característica que é de limpeza do fundo. Em aquários, chega a evitar até o entupimento de filtros biológicos.

A corydora procura no solo resíduos comestíveis além de fazer a raspagem das algas que se depositam sobre as plantas e impedem sua respiração.Mas a corydora não vive só de restos. Ela deve ser alimentada com comidas frescas, como minhocas picadas e alimentos em forma de tabletes.

É um peixe de comprimento que gosta de nadar em grupo de três a cinco peixes. Não é agressivo, podendo conviver com espécies mansas como ela. No mínimo deve haver três exemplares de corydoras em seu aquário.

Durante o dia costuma ficar meio sonolento, mas ao se apagarem as luzes, a corydora realiza um belo trabalho de limpeza do fundo. Pode viver até oito anos e medir seis centímetros.

A reprodução da corydora acontece, em geral em grupo, quando isolados em pares. De preferência o número de machos deve ser superior ao de fêmeas. Elas aceitam o acasalamento com diversos machos, sem nenhum preconceito.

Embora a reprodução em cativeiro seja muito difícil, vale a pena tentar. Para separar um macho e uma fêmea, repare nas bordas das nadadeiras ventrais: as do macho são arredondadas, e as da fêmea são pontiagudas. Mais fácil é comparar pelo tamanho da fêmea, pois ela é maior e possui um ventre bem mais volumoso.

Coloque-os num aquário separado, a princípio, o casal vai nadar junto, procurando uma folha larga ou uma pedra que limparão para desova. Depois, o macho começará a nadar por cima da companheira, roçando carinhosamente os barbilhos em seu dorso.

Algum tempo depois, ele deita-se no fundo do aquário com o ventre voltado para cima e a fêmea acomoda-se sobre ele. Nesse tempo a fêmea retira o esperma do macho com a boca enquanto forma com as nadadeiras pélvicas uma bolsa onde ficam os óvulos. Dirige-se então para o local escolhido, deposita o esperma e, sobre ele, de 100 a 300 óvulos. Para que eles não sejam devorados pelos pais, convém retirar o casal terminada a desova.

Em três dias, os ovos eclodirão, caindo os alevinos no fundo do aquário. Alimente-os com túbifex, larvas de mosquitos esmagadas, gema de ovo, pasta de flocos. O crescimento dessa espécie é lento. Demoram 2 anos para atingirem a maturidade. Gostam de um aquário bem plantado, lembrando seu habitat natural.

Origem

A Corydora é um peixe originário da Amazônia que costuma viver em grupos e pode ser criado em aquários comunitários sem nenhum problema.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Kinguios


 

Os vulgares peixes de aquário, designados por japonês, peixinho dourado, dourado ou peixe-vermelho, ou mesmo Kinguio no Brasil, cujo nome científico é Carassius auratus, pertence à família dos Ciprinídeos (Cyprinidae), a que pertencem as carpas. Foi uma das primeiras espécies de peixes a ser domesticada e é ainda um dos peixes de aquário mais comuns no mundo inteiro. É uma variedade domesticada de uma carpa cinzenta-escura nativa da Ásia oriental. Foi domesticada, pela primeira vez, na China, e foi introduzida na Europa no final do século XVII. Tem muita variedade de tamanho, forma, configuração de nadadeira e cor (várias combinações de branco, amarelo, alaranjado, vermelho, marrom, e preto). Pode crescer até aos 59 cm e um máximo de 3 kg, ainda que tais valores sejam muito raros: a maior parte dos espécimes não atinge metade destas medidas. É ovíparo.
Existe a ideia de que o peixe-vermelho tem uma memória muito curta podendo só se lembrar do que aconteceu 3 segundos atrás. Esta ideia é falsa. Existem argumentos que defendem que o peixe-vermelho pode chegar a reconhecer o seu dono (aquele que lhe dá comida).

Embora seja uma espécie muito popular sua manutenção é menosprezada, embora necessite de um aquário de volume de 120 litros, no mínimo, adicionando-se cerca de 30 litros para cada novo kinguio introduzido, as pessoas ainda insistem em mantê-lo em recipientes de tamanho inadequado. O que é um erro grave, pois este peixe pode atingir até 20 anos de vida se bem tratado.
Um aquário deve ser especial para manter esta espécie, tendo pH moderadamente alcalino, em torno de 7,2 a 7,6.
O aquário ideal para um kinguio deve possuir filtragem mais eficiente que o normal, cerca de 10 vezes o volume do aquário por hora, nunca utilizando o filtro biológico de fundo, que além de ultrapassado não supre as altas exigências de filtragem desta espécie, que produz muita sujeira. Preferem-se os modelos de filtragem externos, independentemente do tipo, seja "hang-on", "canister", "sump", etc, desde que se observe a eficiência em litros/hora.
A companhia ideal para este peixe é: nenhuma. Por serem muito lentos, e terem barbatanas delicadas, podem sofrer com o assédio de outros peixes. Além do mais são dos poucos peixes de água fria disponíveis para aquarismo, o que não quer dizer que podemos economizar com aquecedor. O ideal é sempre utilizar um aquecedor com termostato, pois em um aquário podem ocorrer mudanças muito bruscas de temperatura, que são prejudiciais a qualquer peixe, mas evitadas pelo sistema de termostato.
Enfeites de aquário grandes não são aconselháveis para aquários com kinguios, pois eles geralmente se machucam com eles, e devem ter bastante espaço para poderem nadar. É essencial ter areia (de preferência grossa) como substrato, pois ele mexem no fundo e podem engasgar-se com cascalho.
Reprodução
No nosso clima, o período reprodutivo inicia-se nos meses de Março ou Abril, com a chegada da primavera. Nesta época a diferenciação entre machos e fêmeas é mais fácil. As fêmeas costumam apresentar o ventre mais volumoso e o macho mostra pequenos pontos brancos, semelhantes a grãos de areia, principalmente em redor do opérculo (estrutura que protege as brânquias), e também nas barbatanas peitorais e na cabeça. Estas saliências são chamadas de "órgãos de pérola" e são utilizadas pelo macho para estimular a fêmea durante a corte (pois como diz o ditado : se não estimula, não cúpula) .
Para a reprodução dos Kinguios em aquários, é importante um volume de água de pelo menos 80 litros, onde serão colocados dois machos e uma fêmea. Para garantir um maior percentual de ovos fecundados, a altura da coluna de água deve ser de 25 a 30 cm, com temperatura entre 22 e 24 º C e pH entre 6,8 e 7,5. A colocação de plantas flutuantes como Aguapé e Alface d'água é fundamental, uma vez que é nas suas raízes que ficarão os ovos aderidos.
A desova geralmente ocorre no início da manhã. Neste momento os peixes tornam-se bastante agitados e o macho tenta a todo custo levar a fêmea para a superfície, próximo às plantas flutuantes. A fêmea começa então a liberar os óvulos, que ficam aderidos às raízes e folhas das plantas flutuantes, onde os machos se encarregam de fecundá-los. Este ritual pode durar algumas horas e uma fêmea de Kinguio pode liberar de 500 a 1000 óvulos por desova.
Uma vez encerrada a desova, os reprodutores devem ser removidos do aquário para evitar que comam os ovos ou os filhotes. Pode-se também manter os peixes e remover a vegetação com os ovos para outro aquário, com características de água idênticas ao aquário onde estavam.
Os ovos fecundados são transparentes e apresentam dois pontinhos pretos, justamente os olhos dos peixinhos. O tempo entre a desova e a eclosão dos ovos depende principalmente da temperatura e da qualidade da água, podendo variar de 3 a 10 dias.
Ao nascerem os alevinos ainda possuem reserva de alimento (saco vitelino) que será consumida nas primeiras 48 horas. Passado este período, os alevinos deverão ser alimentados com infusórios e também com o alimento microfloculado.  Após cerca de 20 dias, podem também comer Artêmias e Pulgas d'água. Passados mais 30 dias, já podem ser alimentados com outros alimentos em floco . Completados 2 meses de vida, a alimentação deve ser alternada entre os alimentos floculados e os granulados flutuantes.

Raças

Telescópio Panda

Ranchu

 











Ryukin

Red Cap












Bolha


Telescópio Preto

Íctio

É a doença mais comum entre os peixes de água doce. Causado por protozoário, perfura rapidamente a epiderme e se estabelece entre a epiderme e a derme, deixando um ponto branco, de fácil diagnóstico. Infectam um aquário em pouco tempo. Outros sintomas são nadadeiras fechadas e costumam esfregar-se nas pedras e troncos.
Como o agente causador não se propaga pelo ar, a contaminação de um aquário sadio se dá pela introdução de um hospedeiro, que na maioria dos casos, pode ser um peixe aparentemente com saúde, pedras e/ou cascalho e, é claro, a água, proveniente de outro aquário, tanque, ou loja de peixes. Cistos de Íctio já foram encontrados, também, em plantas aquáticas, alimentos vivos, e outros animais aquáticos. Atenção especial também às redes e puçás de captura, e demais objetos usados em aquariofilia que entrem em contato com a água e permaneçam molhados.

A temperatura, sendo um dos fatores de grande importância na vida dos peixes, contribui decisivamente para o aparecimento e desenvolvimento do Íctio. Isto explica porque uma epidemia ocorre sempre que peixes tropicais (infestados) são mantidos em temperaturas muito baixas ou, em alguns casos, peixes de água fria (também infestados) em temperatura mais alta. Pelas mesmas razões, a maioria das infestações por Íctio em peixes tropicais parece ocorrer, com mais frequência, nas estações mais frias ou quando os mesmos são manipulados indevidamente, sem considerar a temperatura.


Sintomas

Pequenos pontos brancos (1mm de diâmetro) em todo o corpo do peixe: boca, nadadeira anal, dorsal, opérculos, nadadeira peitoral e etc. Esses pontos brancos não são o parasita, são os cistos, ou melhor as feridas causada por eles. Depois que o parasita se desenvolveu bastante o peixe fica com uma espécie de "cordão" branco, onde solta milhares de novos parasitas para contaminar outros peixes.


Tratamento

Apesar de ser uma doença temida por sua velocidade de contaminação, não é difícil de tratar, veja o que você pode fazer:

• Elevar a temperatura do aquário para 30 graus;
• Aplicar um parasiticida de ação rápida:
 
  O ícitio também é vulnerável a azul de metileno, portanto você pode optar por comprar remédios prontos em lojas de aquarismo.


• Desligar as luzes do aquário durante o tratamento.E se seu aquário não tiver luz você tem que por o seu aquário em um local escuro.

Peixes com Íctio

 

 




Hidropsia

A Hidropsia não é uma doença, mas um conjunto de sintomas e sinais que surgem no decorrer de certas doenças. Ocorre quando há retenção de líquidos na cavidade abdominal, músculos e pele dos peixes, com consequências para todos os seus órgãos. Quando isto ocorre, o nivel de proteínas do sangue diminui muito, o sangue se dilui, fica aquoso. Ocorre insuficência dos rins e do coração do peixe. Ele não consegue eliminar água de seu organismo. Incha. As escamas, que estão presas a ele só por uma parte, se levantam, eriçam. Sobrevêm lesões nas guelras, intestinos, etc. "A degeneração do coração e dos rins é causada por toxinas que podem ser de origem fermentativa, tumoral ou parasitária". Muita gente considera a hidropsia como uma doença, por isto vemos vários autores, cada um apontando uma causa. Mas ela não tem só uma causa, porque não é uma doença. É uma síndrome.
A causa mais comum apontada é uma bactéria, a Pseudomonas puntacta. É uma causa importante da hidropsia infecciosa. Mas também na tuberculose, na lepidortose, em algumas viroses e até em aquários com excesso de nitratos pode ocorrer a hidropsia. Há casos em que não é possível encontrar um agente causador. Há outras situações que em certos aspectos podem simular a hidropsia: problemas ovarianos em fêmeas e tumores malignos e benignos em certas localizações, a oclusão intestinal, gases, constipação intestinal, etc. Em quase todas as situações a alimentação errada, como dar sempre o mesmo alimento, principalmente não vitaminados, podem causar o aumento do volume do peixe ou mesmo levar a uma situação mais grave, pois com alimentação errada o peixe tem sua imunidade diminuída. Mesmo no caso da infecção por P. puntacta, esta só ocorre se o organismo estiver debilitado pelas condições de vida dele. Em todos os casos de aumento global do volume do peixe, parecendo inchado, ele deve ser imediatamente removido para um aquário hospital.
Prevenção - Quarentena
A prevenção para todas as doenças é a mesma. E para todas elas a prevenção é o mais importante. Devemos sempre pensar na saúde como um equilibrio entre o hospedeiro (peixe), agente agressor (físico, químico, biológico) e o meio (água). O aquário é um sistema fechado, tem poder de autodepuração limitado. À medida que esta capacidade vai se esgotando, as condições da água vão piorando. Numa progressão, digamos, exponencial em relação ao tempo. Até que de repente o sistema entra em colapso. A água é um solvente universal em nosso planeta. Assim, qualquer agente patogênico (que cause doença) se difunde nela com rapidez, e os peixes vivem nesse ambiente em contato direto com esses agentes. Os peixes têm um sistema imunológico que os defende de muitas agressões, mas não de todas, e principalmente não durante todo o tempo. Eles produzem excreções como fezes, urina, amônia, e nadam num meio em que isto tudo está dissolvido. À medida em que o nivel desses poluentes vai crescendo, os problemas vão aumentando. Por isto é tão importante evitar a superpopulação, fazer trocas parciais de água, a boa filtragem, a sifonação do fundo, o controle dos parâmetros fisico-químicos, etc. Pelo mesmo motivo há gente que considera inadequada a formula de 1 cm de peixe para l litro de água, pois 1 cm de um paulistinha não tem o mesmo significado de 1 cm de um acará ou de um kinguio. Melhor seria se o cálculo fosse feito pela relação peso do peixe/litro de água, tipo 1 g de peixe para 3 ou mais litros de água. Os três fatores mais importantes na prevenção de doenças são:

  
  • Desinfecção e quarentena para peixes e plantas novas
  • Composição da água do aquário
  • Alimentação
A Quarentena é essencial pois, por melhor que pareça um peixe recém-adquirido, não se pode saber se ele é portador de algum agente patogênico incubado. Há muitas doenças que só se manifestam com o tempo e o período de 3 ou 4 semanas, em geral, é o suficiente para o aparecimento delas. Levar um agente patogênico para um sistema fechado é igual a doença futura, talvez uma epidemia. Por que não prevenir isto? É muito mais barato e menos estressante para um bom aquarista e principalmente para seus peixes,prevenir uma epidemia do que combatê-la.
Prevenção - Condições da Água
A temperatura da água deve ser a mais constante possível, e apropriada para as espécies coabitantes, embora qualquer peixe resista às variações naturais, lentas e graduais da temperatura, até um certo limite. A iluminação adequada em aquários plantados é também necessária à "saúde" da água. Várias espécies de peixes necessitam de quantidades diferentes de claridade, pelo que devemos dar condições de eles escolherem, com cavernas, troncos, etc. Aqueles de hábitos mais noturnos não estão bem adaptados a viverem todo o dia sob intensa luminosidade. Dureza e pH devem ser compatíveis com os peixes, daí a necessidade de se estudar as características e necessidades de cada um para saber quais poderão ficar juntos. Por exemplo, neon e molinésia não fazem um bom par no aquário pois se um estiver nas condições de água que lhe são propícias, o outro estará em más condições. Um dos dois ficará doente algum dia. Acará Bandeira gosta de água morna, não deve ficar com Tanictis, por exemplo, de água fria. "Peixes de água mole não se sentem bem na água que estiver boa para peixes de água dura", etc. Peixe em condições inadequadas para as quais sua espécie está adaptada, é peixe que certamente ficará doente, ou no mínimo morrerá mais cedo.
Prevenção - Alimentação
A dieta deve ser balanceada, vitaminada e variada. Aí entra um fator muito importante: as vitaminas sofrem intensamente a influência do calor e também da luz e umidade. Por isto, não podemos nos preocupar unicamente com a data de validade de um alimento ou de um medicamento. (Os medicamentos, principalmente;portanto cuidado ao comprar um remédio na farmácia e o balconista lhe disser "pode levar, ainda não venceu". Procure pelo que estiver há menos tempo na prateleira. É mais seguro). O mais importante é a data de fabricação. O prazo de validade teria importância se o medicamento, vitaminas, etc, fosse conservado em temperatura, em geral, de no máximo 30°C. Ocorre que num país como o nosso, onde na maior parte das cidades a temperatura no verão ultrapassa os 40°C à sombra, qualquer vitamina que tenha sido fabricada há pelo menos um verão, está alterada. A não ser que tenha sido armazenada em ambiente com controle de temperatura. Além disso, a ração deve ser variada. Não adianta dar sempre a mesma ração. Por melhor que seja, ela não será completa. O peixe, como nós e as plantas, precisa de "elementos traços", que dificilmente estarão incluídos numa só. Compre sempre ração em recipientes menores, de acordo com a quantidade de peixes. Não tire todo o lacre, só abra um pedaço. Mantenha fechado em lugar seco, arejado e sem incidência de sol. Dê sempre o mínimo de comida necessária de cada vez, aumentando a frequência até a quantidade total para o dia. Não dê quantidade que os peixes não consigam consumir de imediato. Exceto, é claro, alimentos de fundo e nesse caso, nunca dê se ainda houver resíduos do anterior. Sempre que possível, ofereça alimentos vivos, tomando cuidado com cada tipo de alimento pois muitos deles podem trazer bactérias ou outros patógenos. Ironicamente, o maior problema que a boa prevenção produz, é sobre o aquarista. Ele fica com pouca experiência no tratamento de doenças.
Tratamento
O início imediato do tratamento é essencial. Quanto mais cedo se iniciar, melhores as chances de o peixe reagir. À medida que o tempo passa, as condições do peixe pioram, suas defesas diminuem, seus órgãos caminham para o colapso, ficando o tratamento cada vez mais difícil. Durante o tratamento, o peixe deve ser colocado no aquário hospital, tanto para o tratamento em si como para proteção dos outros. A água deve ter os parâmetros adequados para a espécie, evitando-se porém águas muito ácidas para melhor ação dos antibióticos, no caso de usá-los. Eles em geral não funcionam bem em meio ácido. Deve ser oferecida alimentação variada, vitaminada e de preferência com alto teor de vitaminas A e D. A água deve ter boa aeração. Não pode ter filtração, ou pelo menos nenhuma filtração química. A hidropsia, principalmente as infecciosas, tem difícil cura, mas está provado não ser impossível. Como em qualquer doença, quanto antes se iniciar o tratamento, mais possível se faz a cura. Como você vai saber se seu peixe vai se curar? Só tentando. Se você ler que a cura é impossível, não acredite. Tente. Há inúmeros relatos de sucesso. Nenhum sucesso em quem não tentou.
Contra a inchação do peixe, em si, para ajudá-lo a eliminar água, pode-se tentar o uso do sal grosso - sem iodo. Evitar seu uso em peixes tipo cascudos, limpa-vidros, etc. O uso de 1 colher, das de sopa, cheia de sal para 10 litros de agua é recomendado por alguns autores. Vamos nos referir ao tratamento da hidropsia por bactérias. O uso de antibióticos é importante porque, matando os germes, basicamente causadores da doença ou simples oportunistas (que se aproveitam das condições debilitadas do peixe), o doente terá melhores condições de se recuperar. Vários antibióticos são usados. Há aquaristas que relatam bons resultados com o uso de Aureomicina (clorotetraciclina) na dose de 250 mg para cada 20 L de água durante 3 dias, renovando-se a solução após este prazo, até o restabelecimento do peixe. A Terramicina (oxitetraciclina) também é usada na dose de 50 mg por litro de água em banhos de 24 a 72 horas, renovando-se a solução se estiver dando resultado. A Cloromicetina (cloranfenicol) também é usada na mesma dosagem e tempo que a Terramicina. Há autores que referem bons resultados mesmo com o uso de 5 a 10 mg por litro de água.
Hoje usamos antibióticos mais potentes para o combate à Pseudomonas em humanos. Na verdade não são mais potentes, mas sim diferentes, pois a bactéria adquire resistência facilmente. Nas que atacam no aquário,porém, não é de se esperar que esta resistência tenha ocorrido com frequência pois aí o uso de antibióticos não é abusivo como nos humanos. Um desses é o Ciprofloxacino. Não sei da experiência em peixes, mas correlacionando ao uso da Aureomicina, seria possível usar 500 mg para 40 L de água, também até a cura, com troca da solução em 2 ou 3 dias. Não conheço muitos estudos sobre a toxicidade dos antibióticos sobre os peixes - só sobre bactérias e sobre humanos - mas autores que fazem referências a bons resultados com o uso da Aureomicina, dizem que após a cura, os peixes procriaram.
  •  Peixes com Hidropsia